terça-feira, 11 de novembro de 2014

A MADRINHA NOÊMIA BITTAR


Dia 25 de Novembro, data comemorativa do “Dia da Madrinha”, considerada a segunda mãe, tanto que o nome vem do latim matrina, uma variante de mater, que significa mãe – tempos passados tomávamos benção da nossa “madrinha de batismo” e até da “madrinha de fogueira”, mas, nos dias atuais, os filhos não tomam nem da mãe, imagine da madrinha! 

Coisa boa é falar bem da nossa madrinha da antigamente e, como estamos no mês de sua comemoração, lembrei-me da minha postiça, pois não cheguei a conhecer a verdadeira - a madrinha dos meus irmãos, foi para todos os efeitos, a minha também.

Ela chamava-se Dona Noêmia Bittar, uma senhora morena, baixinha, elegante, usava uns óculos escuros para esconder um problema em um dos seus olhos, sempre sorrindo, pertencia à classe média alta e, sempre estava disposta a ajudar os mais necessitados.

Ela morava na Rua Leovegildo Coêlho, no centro antigo de Manaus, a sua casa era belíssima, no estilo bangalô – era casada com o Senhor João Bittar, um rico comerciante de origem síria – tiveram os seguintes filhos: Marilene, Lucia, João Bosco e Jânio. 

A minha irmã mais velha, a Kelva Fernandes, foi a primeira a ser batizada, sendo a mais querida pela madrinha, tanto que a levou para morar por uns tempos no Rio de Janeiro, quando era considerada “A Cidade Maravilhosa”.

Depois, batizou o Rocha Filho, a Graciete e o Henrique – fiquei de fora, pois o meus pais preferiram um casal de comerciantes que também moravam na Rua Leovegildo Coêlho.

A Dona Noêmia me chamava de Juscelino, pois nasci no dia do aniversário do então presidente da República, o Juscelino Kubistchek – para todos os efeitos ela era a minha madrinha - tomava sua benção na minha infância e, ganhava sempre presentes quando aniversariava e no Natal.

A minha família era muito humilde e, ela sempre colaborava na manutenção da nossa casa, doando roupas, móveis e até dinheiro – a minha mãe Nely e a minha avó Lídia Martins prestaram serviços domésticos para a família dos Bittar.

A madrinha da nossa casa, a Dona Noêmia Bittar já estar no céu, ao lado do Nosso Senhor Deus – peço a sua benção! É isso ai.  
                                                       



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