domingo, 15 de dezembro de 2013



A nossa língua portuguesa, nossa língua portuguesa, língua portuguesa e, por último, língua – isso mesmo, tudo leva a redução - nos primórdios, o pronome de tratamento era vossa misericórdia senhor, passando para vossa mercê, contraído para vossemecê e vosmecê - a partir daí foi um pulo para você e cê.

Houve uma mistura do “tu com você” – segundo alguns autores “de modo geral, as gramáticas normativas brasileiras registram o ‘tu’ como pronome pessoal do caso reto de segunda pessoa do singular e o pronome ‘você’ como forma de tratamento”.

Pois é, lembro da minha adolescência, quando começou a pegar o “você” em Manaus, na realidade, eu achava muito íntimo e familiar e, foi difícil largar o “tu” na informalidade. Mesmo assim, o tu ainda é muito utilizado na região Norte e no Rio Grande do Sul: - Tu é leso! Tu jura? Tú não é homem, tchê? Tú não vai lá no rancho, tchê?

Muita gente ainda pega bronca quando chama o pai de você, a grande maioria acha isso uma falta de respeito – no meu caso particular, não imponho nada, mas, até hoje os meus filhos ainda me chamam de senhor – tu, nem pensar! Agora, eu possa falar para eles: Cê tá ficando doido!

O pronome você para muitos, era uma palavra muito grande e, resolveram, simplesmente, reduzi-lo para ocê (no falar mineiro) e cê, tanto que o Caetano Veloso lançou, em Setembro de 2006, o álbum intitulado “Cê”.

Um manauara chega perto da gata e, dispara: - Cê tá fim de dar um rolé no Largo? Ela responde: - É nós, mano! Já pensou se o marmanjo fizesse o pedido como antigamente: - Senhorita, vosmecê aceita dar uma passeada no Largo de São Sebastião? Ela responderia: - Cumé qui é, cê tá falando grego?

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