domingo, 18 de dezembro de 2011

MANHÃ DE DOMINGO E A LEITURA DE UM JORNAL

Os jornais de domingo começam a circular em Manaus a partir das três horas da tarde de sábado, não sinto a menor graça em comprá-los ante, pois tenho o hábito de acordar cedo no dia do senhor, colocar uma bermuda e chinela, caminhar pela minha cidade, passar pelo mercado municipal, comprar goma, queijo coalho, tucumã, pamonha, açaí (coisas nossas, de caboclo) e, um jornal – me embalar na minha rede de dormir e, ler tudo, incluindo até os classificados.
Ao passar por uma banca de revistas, dei uma vista pelo jornal Amazonas Em Tempo, algumas manchetes prenderam a minha atenção: “Parintins – Berço das culturas japonesa e italiana”; “Dom Luiz – Deixo de ser arcebispo em Manaus em maio de 2012” e “História e moda no Castelinho”. Não deu para resistir - quebrei o meu hábito dominical, comprei o jornal no sábado e, comecei a lê-lo antes do dia.
Sobre a cidade de Parintins, a reportagem fala sobre a vinda, em 1931, de jovens japoneses, estudantes de agronomia, para trabalharem na Vila Amazônia. Eram conhecidos como “koutakusseis” – em 1942 produziram 3.685 toneladas de fibras de juta. Com a 2ª. Guerra mundial foram considerados inimigos, culminando com prisões e confisco de todos os seus bens. Os senhores Mamoru Chida e Zennoshi Shoji são os únicos remanescentes – com a proposição do deputado estadual Tony Medeiros, receberam no mês passado, o título de “Cidadão do Amazonas”, bem como, foi feito formalmente um pedido de desculpas aos “koutakusseis” e seus descendentes, pelos excessos aos quais foram injustamente submetidos enquanto trabalhavam pelo Brasil em solo amazonense. 
Sobre dom Luiz Soares Vieira, o arcebispo da Região Metropolitana de Manaus (RMM) -  o jornal fez uma longa entrevista com o religioso, ele comenta que já está com 74 anos de idade e, no próximo ano vai entregar a sua carta de aposentadoria ao governo da diocese. O repórter peguntou: - Qual a reflexão que o senhor faz destes 52 anos de sacerdório? Dom Luiz - Isso é muito interessante porque a gente adquire muita sabedoria, começamos a dar um peso de vida às coisas que vão acontecendo, a gente não se empolga com certas coisas. Depois, há  a mudança moral que, a meu ver é a coisa mais importante hoje. Temos ainda, a questão da ética na política, você faz um discurso político puritano, mas a prática é corrupta. Não há respeito à vida humana.
A revista Elenco faz parte do jornal, no seu caderno de Moda, abriu as portas do Castelinho da Vila Municipal, traz várias fotografias com um casal de modelos, mostrando detalhes desse maravilhoso imóvel. Para quem nao sabe, o Castelinho foi construído em 1906, na Rua São Luiz, num terreno de 5.500 m2, pelo  então prefeito de Manaus, o Adolpho Lisboa. Sem dúvida, o imóvel é um dos mais belos da nossa cidade.
Por ter quebrado um hábito do meu domingo de manhã, vou ter que preencher de outra forma, acho que vou passear com a minha caboquinha Maria Eduarda, levá-la a inauguração da “Cidade da Criança”, no antigo Horto Municipal, um local onde a petizada pode ter um contado direto com a natureza, além de atividades sócio-educacionais e assistir a atração musical nacional “Galinha Pintadinha”. É isso ai.

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