segunda-feira, 10 de outubro de 2011

COLÉGIO BARÃO DO RIO BRANCO DE MANAUS


Assim como ninguém esquece a primeira namorada, o primeiro beijo e, a primeira “zagaiada”, também não esquecemos o primeiro colégio. O meu foi o Colégio Barão do Rio Branco, localizado na Avenida Joaquim Nabuco, no. 1152, centro, em Manaus.

O nome do colégio deu-se em homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, nasceu no Rio de Janeiro em 20 de Abril de 1845, foi diplomata, Ministro de Estado, geógrafo e historiador brasileiro.

Sua maior contribuição ao país foi a consolidação das fronteiras brasileiras, em especial por meio de processos de arbitramento ou de negociações bilaterais, dos quais se destacam três questões de fronteiras: Amapá, Palmas e Acre.

A minha avó Lídia Pires, era a encarregada dos assuntos educacionais; fez a minha matrícula no “A” Forte, apesar de ainda não saber ler e escrever. Lembro-me da professora Genoveva, portuguesa dos olhos azuis, mandou a turma fazer uma cópia do que estava escrito na lousa, como não sabia ler, pedi ajuda ao colega Nascimento, o cara era canhoto, pegou o meu caderno virou de ponta cabeça e mandou ver. Fiquei feliz da vida, levei para a professora, ela me detonou:

– Faz outra cópia, esta não serve, você fez de cabeça para baixo! – gritou dando um ralho daqueles!

O choro foi inevitável, fui transferido para o “Alfa”; achei uma moleza cobrir o abecedário! Sou daquela época da palmatória, do castigo, da alfabetização e do A e B fraco/forte, além da prova de admissão para o ensino médio.

A merenda era o famoso “leite de posto”, feito de soja, não entrava forma alguma; o jeito era levar uma lancheira, com sanduíche de pão com pão ou bolacha da Padaria Modelo e Kisuk.

Um dos alunos mais ilustre do colégio, foi o saudoso senador Jefferson Péres.

Segundo os historiadores, a Avenida Joaquim Nabuco, era um dos lugares mais bonitos de Manaus. Infelizmente, os governantes e o próprio povo manauense não tiverem a sensibilidade para conservar o seu patrimônio histórico. Para os senhores terem uma ideia da destruição, somente a Uninorte, para fazer as suas faculdades, derrubou dezenas de prédios antigos, no trecho entre as Ruas Huascar de Figueiredo e Ramos Ferreira, todos com autorização do poder público.

Restou apenas uma pequena amostra do que foi a Manaus chamada “Paris dos Trópicos”, ainda bem que ficou conservada uma casa de um seringalista, onde hoje é o nosso querido e amado Colégio Barão do Rio Branco.

Esta postagem foi feita em 2009 – alguns ex-alunos mandaram os seguintes comentários:

Anônimo disse:
- Eu também estudei aqui. Foram minhas professoras: Rosa Maria Oliveira Leão, Maria de Lurdes Bandeira, e a tão importante dona Rita que fazia a merenda. Onde estarão os colegas de escola, muitos dos quais ainda lembro os nomes completos?

Naty disse:
- Tambem estudei no mesmo Colégio e, também ia ao Cine Guarany às 12h45minh. Trocava gibis na banquinha em frente ao cinema, acompanhado de um bom guaraná Baré. Quanta saudade – às vezes levava para o cinema ovos para jogar nos ventiladores laterais quando as portas de correr fechavam com aquele calor todo, geralmente os ovos estavam estragados, mas, tudo era muito divertido. Estou viajando no tempo com o seu Blog. Obrigado.

Netttoboy disse:
- Pô! Estudei nesse Colégio também no ano de 89, muito bom! Agora mora em Rio Branco (Acre), mas, lembro com muitas saudades de Manaus. Abração a todos!

Soraia Magalhães disse:
- Exelente comentário sobre a Avenida Joaquim Nabuco. Uma pena o que fizeram e ainda fazem com a nossa cidade. Adora o Blog, também tenho um que se chama “Caçadores de Biblioteca”, onde descreve e comento sobre esses importantes locais de cultura. Visitei a biblioteca do Colégio Barão do Rio Branco e, agora para compor o meu texto vi que você fez um belo comentário sobre o Colégio. Tomarei por referencia. Um abraço!

Meirelles disse:
- Meu apelido era Bindá e estudei também nesse Colégio em 1975 a 1977. Morava ai na Rua Ipixuna, descia a ladeira de carrinho de rolimã que eu mesmo fazia. Servi na Marinha por 35 anos, sendo 16 em submarinos, morei no Rio de Janeiro por muito tempo, hoje estou aposentado, morando em Pelotas (RS). Gostaria de encontrar com os amigos dessa época, principalmente de uma garota por nome Evaneide, acho que o sobrenome era Braga, ela tinha uma irmã por nome Elizabeth e também morava na Rua Ipixuna, a última vez em que fui a Manaus, soube que mudaram para o Conjunto Santos Dumont. O meu - email é vfmeirelles@hotmail.com 

Frases sobre o passado:

"O passado não reconhece o seu lugar: esta sempre presente". Mário Quintana 

"Quem não recorda o passado está condenado a repeti-lo". George Santayana

"Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e pensar no passado, poderá obter prazer uma segunda vez". Dalai Lama

É isso ai.