terça-feira, 24 de abril de 2007




HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA


O prédio da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, data do ano de 1880. Durante longas décadas serviu ao povo amazonense. Segundo o articulista Ribamar Bessa, do jornal Diário do Amazonas, não foram encontradas nenhuma documentação anterior ao ano de 1950, ou seja, não conhecemos a sua história na totalidade.
A Santa Casa, foi o local em que eu nasci, incluindo todos os meus irmãos, meu filho mais velho e, praticamente todos os manauenses que vieram ao mundo até a década de 80.
Tenho um afilhado, o Jair Tupinanbá, no dia em que ele rompeu a bolsa da sua mãe, fui levá-la a pé até o hospital, resolveu dar o ar da graça bem em frente ao Ideal Clube, passei por uma situação muito difícil; por fim conseguimos chegar até o hospital; estava lotado, não teve jeito, o menino nasceu nos corredores.
Eis algumas manchetes do nosso hospital:
KÁTIA BRASILda Agência Folha, em Manaus Gêmeas deixam a cama após 24 anos inertes Era o início dos anos 80, o Brasil vivia sob as brumas do regime militar, não havia internet nem telefone celular, quando as gêmeas Ana Maria e Mariana Castro Beviláqua, de Manaus (AM), então com dois anos, submergiram em um estado de letargia após uma forte febre seguida de convulsão. Para a família, não havia esperança --o diagnóstico dos médicos era de paralisia cerebral. Foram 24 anos deitadas numa cama sem falar nem fazer movimentos com as pernas e os braços. As duas não viram passarem seis presidentes, o fim do comunismo nem a revolução on-line. Mas, agora, as gêmeas voltaram a ter uma vida quase normal. Freqüentam a escola e estão sendo alfabetizadas. Em março de 2003, após um exame neurológico realizado na Santa Casa de Misericórdia de Manaus, elas iniciaram o tratamento da síndrome de Segawa ou distonia responsiva à dopa (DRD, na sigla em inglês). O diagnóstico da síndrome de Segawa causou surpresa à família. "Íamos aos hospitais, e diziam que era paralisia cerebral. Naquele tempo tudo era muito difícil", diz a lavadeira Maria do Socorro Castro Paz, 55, mãe das jovens. A enfermidade que as acometeu é caracterizada por distúrbios de postura e de locomoção motora (leia texto nesta página).Quando o diagnóstico é feito na infância, o que não ocorreu no caso das gêmeas --a doença é conhecida somente desde os anos 70--, a pessoa pode ter uma vida normal, mas deve tomar a medicação de maneira vitalícia, sem interromper a terapia.O tratamento das gêmeas Ana Maria e Mariana Beviláqua começou primeiro na Santa Casa de Misericórdia de Manaus, unidade que faliu neste ano. Hoje, elas são atendidas, a cada três meses, na Fundação Hospital Adriano Jorge, também no Estado.
“Morreu Álvaro Maia à 01h15min da madrugada de 4 de maio de 1969, num apartamento do Pavilhão Santana, da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, acometido de infarto do miocárdio na manhã da véspera. Assistiram ao desenlace o médico assistente, Dr. Osvaldo Said, acompanhado pela enfermeira Ruth Helena, pela Srtª. Maria Helena Paiva Monte (prima) e Dr. Erasmo Alfaia (amigo). Imediatamente a notícia se espalhou e começaram a chegar ao hospital os amigos do morto, que foi velado no hall do Palácio Rio Negros desde o alvorecer. O sepultamento de Álvaro Maia se deu ao fim da tarde de 5 de maio, no Cemitério São João Batista, acompanhado por grande massa humana, sentida e emocionada”. (Dados biográficos de Álvaro Maia, de autoria do Dr. Djalma Batista, publicado no livro “Álvaro Maia – Poliantéia – 1984”).
Começa os estudos para reabertura da Santa Casa
Grupo de trabalho instituído para levantar situação física, financeira e funcional da unidade hospitalar apresentará informações parciais a cada semana. Prazo para conclusão dos trabalhos é de 60 dias.
Os 13 profissionais que compõem o grupo de trabalho, instituído junto à Secretaria de Estado da Saúde (Susam) na última sexta-feira, para verificar a atual situação da Santa Casa de Misericórdia e propor soluções para sua reativação, realizaram a primeira reunião na manhã da segunda-feira, 12.
De acordo com o presidente do grupo, médico Arnoldo Andrade, foram criadas quatro comissões temáticas, que começam a levantar informações gerais sobre a Santa Casa a partir da terça-feira, 13.
Os trabalhos serão feitos nos eixos de Administração e Finanças, para conhecimento de dívidas, análise de documentos e situação dos recursos humanos; Infra-estrutura e Patrimônio, para levantamento patrimonial e condições prediais; e Assistência à Saúde, para verificação dos ambientes hospitalares e as possibilidades de funcionamento e novas propostas. Também foi criada a comissão de Apoio, para responder aos questionamentos que não estejam inseridos nas outras três comissões e para dar suporte ao trabalho de todos os profissionais envolvidos.
A conclusão dos trabalhos deverá ser apresentada à Susam no prazo máximo de 60 dias, mas resultados parciais do estudo deverão ser apresentados semanalmente, conforme orientação do presidente Arnoldo Andrade. "Vamos elaborar propostas para curto, médio e longo prazo".
As comissões terão como ponto de partida o relatório preparado pela Susam, em março de 2005. O documento serviu de base para as primeiras propostas que o Governo do Estado apresentou à provedoria da Casa, à época. São dois volumes com mais de 300 páginas, reunindo textos e fotografias sobre as condições físicas e financeiras do hospital naquela data: cerda de R$ 7 milhões de dívidas, a maior parte referente a obrigações sociais e trabalhistas, e estrutura física precária na maioria dos ambientes que compõem os quase 15 mil metros quadrados de área construída da centenária unidade hospitalar.
"Para atualizar as informações vamos aplicar os mesmos instrumentos para o levantamento de dados e seguir o mesmo roteiro", explica Arnoldo. Todos os ambientes da Santa Casa foram visitados pelos membros do Grupo de Trabalho na manhã de ontem, para uma espécie de reconhecimento inicial da área que será avaliada.
A estrutura da Santa Casa conta com dois ambulatórios com 17 consultórios médicos e oftalmológicos, 202 leitos distribuídos em apartamentos e enfermarias da área clínica, cirúrgica e de maternidade, centro cirúrgico com cinco salas, uma UTI em construção e as áreas de apoio tradicionais como lavanderia, laboratórios, cozinha banco de sangue e salas administrativas. "Os ambientes e os equipamentos estão bastante deteriorados, mas os estudos mostrarão o que realmente terá que ser feito para recuperá-los, e o tempo necessário para isso", disse Arnoldo Andrade.
A atual presidente da Santa Casa, Ana Selma Pinheiro, que também integra o grupo de trabalho, afirma que a unidade está se esforçando para evitar que o patrimônio seja ainda mais desgastado. Ela comemora o trabalho de parceria que está sendo feito com o Governo do Estado e acredita que desta vez, uma solução viável será encontrada para a reativação da Santa Casa.
Desde 2005, o Governo sinalizou e apresentou propostas concretas para a reabertura do hospital, fechado no final de 2004, devido a grave crise financeira e administrativa.



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